A resistência tem sido um traço comum àqueles que se dedicam à prática esportiva no Amazonas e passam a defender o nome do estado nas mais diversas modalidades e competições. Quase todos os meses surgem notícias na imprensa dando conta da falta de apoio aos nossos atletas, mesmo aos que, apesar dessas dificuldades, conseguem atingir nível nacional e se colocam em posição de destaque. Nossa Amanda Marques, ranqueada entre as principais mesatenistas do Brasil e integrante da Seleção Brasileira da modalidade, sem apoio, e com dificuldade até para conseguir treinar na sua própria terra, foi obrigada a se mudar para o estado de São Paulo. Melhor sorte não teve Aílson Heráclito da Silva, vice-campeão mundial de remo que defende hoje as cores do Botafogo (RJ). Agora em maio, a delegação que representou o Amazonas no 11º Circuito Brasileiro de Tae Kwon Do, na cidade de Americana (SP), reclamou não ter recebido nenhum apoio. E finalmente, nossos campeões brasileiros de jiu-jitsu estão igualmente entregues à própria sorte. Constituem-se, portanto, esses atletas, em exemplos da mais absoluta ausência de política esportiva no Amazonas.
Nosso esporte sempre viveu do sacrifício e do altruísmo dos desportistas, verdadeiros heróis, desconhecidos do grande público, frequentemente condenados à falta de reconhecimento e ao esquecimento. Impossível escrever esse texto sem mencionar a luta e o amor, do seu Clóvis com o tênis de mesa, do Professor Valmir, com o handebol, o Professor Delbanor, com o basquete, Mark Clark, com o vôlei. Como não mencionar Geraldo Texeira, responsável pelo surgimento de tantos talentos no atletismo do Amazonas? Para essas pessoas o esporte foi muito mais que suas vidas; foi sua razão de viver. E jamais tiveram as condições mínimas para o exercício de tão nobre mister.
Alguns poderiam dizer: mas o poder público não tem obrigação de investir no esporte de alta performance, esse é o papel da iniciativa privada; os governos devem é investir no esporte comunitário. Mas também não há investimento nas comunidades; é só verificar a situação de abandono das quadras poliesportivas nos bairros - quando elas existem, é claro - , dos campos de futebol (idem), dos parques, dos centros de lazer, etc. Vejamos o exemplo dos finalistas dessa Copa dos Bairros: Praça 14, que nem campo tem, e Puraquequara que ter, tem, mas em estado de abandono, cheio de pedras, sem proteção lateral alguma para os jogadores, nem para os telhados dos vizinhos.
E justificam essa realidade na falta de recursos. Mas acabam de gastar, segundo especula-se, porque publicado no diário oficial ainda não vimos, mais de um milhão e oitocentos mil reais para trazerem alguns dos veteranos da seleção que ganhou a Copa de 94, nos EUA, há 17 anos, mais alguns convidados. Quanto terá sido o cachê do Túlio Maravilha, Edmundo, Bebeto, Romário, etc? É certo que os times finalistas da Copa dos Bairros, motivo alegado da festa, ganharam absurdamente menos.
Teve mais, gastou-se um milhão de reais com uma competição denominada X-Terra, uma espécie de triátlon pelo meio da floresta, que contou com uns 30 participantes, isso mesmo!!!, 30 participantes com algum nível, e estou sendo generoso. Isso tudo é nada diante do que a Prefeitura gastou para realizar na Bola da Suframa um torneio de Beach Soccer, onde os destaques principais foram o comentarista Edmundo e o Deputado (RJ) Romário, ambos ainda muito jovens, verdadeiras
promessas, mas para integrarem a categoria sub – 50.
Acho que a próxima edição desse torneio vai ser nos Emirados Árabes; Coari também é um bom lugar, ou aqui mesmo, de novo. Nós estamos podendo. É o progresso chegando. É Manaus incluída no circuito nacional e até internacional. E viva a Copa de 2014.
E o futebol local? Tá explicado, então morra!!!!. (Luís Cláudio Chaves/Articulista)
Nosso esporte sempre viveu do sacrifício e do altruísmo dos desportistas, verdadeiros heróis, desconhecidos do grande público, frequentemente condenados à falta de reconhecimento e ao esquecimento. Impossível escrever esse texto sem mencionar a luta e o amor, do seu Clóvis com o tênis de mesa, do Professor Valmir, com o handebol, o Professor Delbanor, com o basquete, Mark Clark, com o vôlei. Como não mencionar Geraldo Texeira, responsável pelo surgimento de tantos talentos no atletismo do Amazonas? Para essas pessoas o esporte foi muito mais que suas vidas; foi sua razão de viver. E jamais tiveram as condições mínimas para o exercício de tão nobre mister.
Alguns poderiam dizer: mas o poder público não tem obrigação de investir no esporte de alta performance, esse é o papel da iniciativa privada; os governos devem é investir no esporte comunitário. Mas também não há investimento nas comunidades; é só verificar a situação de abandono das quadras poliesportivas nos bairros - quando elas existem, é claro - , dos campos de futebol (idem), dos parques, dos centros de lazer, etc. Vejamos o exemplo dos finalistas dessa Copa dos Bairros: Praça 14, que nem campo tem, e Puraquequara que ter, tem, mas em estado de abandono, cheio de pedras, sem proteção lateral alguma para os jogadores, nem para os telhados dos vizinhos.
E justificam essa realidade na falta de recursos. Mas acabam de gastar, segundo especula-se, porque publicado no diário oficial ainda não vimos, mais de um milhão e oitocentos mil reais para trazerem alguns dos veteranos da seleção que ganhou a Copa de 94, nos EUA, há 17 anos, mais alguns convidados. Quanto terá sido o cachê do Túlio Maravilha, Edmundo, Bebeto, Romário, etc? É certo que os times finalistas da Copa dos Bairros, motivo alegado da festa, ganharam absurdamente menos.
Teve mais, gastou-se um milhão de reais com uma competição denominada X-Terra, uma espécie de triátlon pelo meio da floresta, que contou com uns 30 participantes, isso mesmo!!!, 30 participantes com algum nível, e estou sendo generoso. Isso tudo é nada diante do que a Prefeitura gastou para realizar na Bola da Suframa um torneio de Beach Soccer, onde os destaques principais foram o comentarista Edmundo e o Deputado (RJ) Romário, ambos ainda muito jovens, verdadeiras
promessas, mas para integrarem a categoria sub – 50.
Acho que a próxima edição desse torneio vai ser nos Emirados Árabes; Coari também é um bom lugar, ou aqui mesmo, de novo. Nós estamos podendo. É o progresso chegando. É Manaus incluída no circuito nacional e até internacional. E viva a Copa de 2014.
E o futebol local? Tá explicado, então morra!!!!. (Luís Cláudio Chaves/Articulista)
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